Thursday, January 1, 2009


Chegou 2009.
Este é o terceiro ano que vivencio a passagem de Ano em New York. É uma experiência singular, cada ano. É interessante passear pelas ruas de Manhattan neste tempo de festejos Natalinos e de Ano Novo. Há muita beleza em cada espaço, nas Igrejas, nos simples e nos suntuosos prédios residenciais e empresariais, nas vitrines, nas lojas, nas praças, nos parques, enfim, em cada canto desta fantástica cidade.
Mas o que mais me impressiona é o que percebo nas pessoas. Elas assumem no corpo, na expressão dos sentimentos, na fala, na forma de se relacionar, o espírito das festas. Enfeitam as casas e se enfeitam, trocam mensagens (mesmo com desconhecidos), desejam votos de felicidade cada vez que cruzam umas com as outras no ônibus, no metrô, na rua, seja qual for o lugar em que se encontrem.
São centenas e centenas nas ruas, gente de todo o mundo, milhões delas visitam a cidade neste período. São educadas, desculpam-se, agradecem, conversam com os motoristas dos ônibus como se estivessem falando com velhos amigos. Falam ao celular, ouvem música nos ipods, nos discmans e até nos velhos walkmans (aqueles que reproduzem as velhas fitas k-7 – esses, em geral, são estrangeiros estudando inglês, rsrsrsrsrsrsrs...não me incluam na lista!).
Ninguém se importa se você está vestindo a mais cara “grife” ou o seu velho jeans e camiseta. Estão todos no mesmo vagão de metrô... e sempre de cabeças erguidas, confiantes, certos de que tudo vai ficar bem.
Por falar nisso, esta é uma característica que admiro no Americano. O Otimismo, a auto-confiança, o orgulho de sua cidadania. Eles podem falar mal dos governantes, mas não do País. Amam e defendem a bandeira e prestam juramento de lealdade a ela, todos os dias nas escolas. Não há arrogância nisso, há uma “certeza” de que são os melhores, estejam na posição social que estiverem. Não existem trabalhos “inferiores”, existem salários diferentes. Qualquer trabalho se for honesto e gerar dinheiro, é respeitado e executado com orgulho. E cada um procura melhorar sua situação de vida, se aperfeiçoando e trabalhando mais e mais.
Eles confiam em Deus, fazem suas preces em familia, participam da liturgia dominical em suas Igrejas (se professam alguma religião), participam ativamente de trabalhos sociais, são voluntários para tudo que é campanha em favor da vida e isso conta também para o currículo deles; confiam no País e em si mesmos.
Nada é de graça. Paga-se tudo e paga-se caro. Ganham bem e salvam cada centavo, economizam tudo. Gastam até para economizar.... Só compram em promoções (o comércio vive disso) e recortam cada cupom de desconto nos jornais para utilizarem nas compras ou para passar para alguém na fila do supermercado.
Não estou aqui “canonizando” este povo. Não optei pelo “American Way”. Tenho meus princípios, minhas crenças, meus valores. Amo a minha Pátria e dela não abro mão. Vou voltar sim para o meu País. Mas conviver com esta gente, tem sido, no mínimo, interessante! O espírito de liberdade, de respeito às diferenças, de acolhimento desse povo me encanta de verdade.
Bom, mas eu estava mesmo dizendo que 2009 chegou... que seja Bom para todos nós, para o mundo inteiro. Que traga Justiça e Paz a fim de que não haja tanta desigualdade. E que o otimismo, associado à ação se difunda pelo mundo inteiro superando a crise que ameaça desestruturar as Nações. Mas, sobretudo cresça e floresça o Amor, a Fraternidade, a Solidariedade e a Paz.

A propósito, não vou à Times Square nem ao Rockfeller Center na passagem do ano...assisto pela TV, com minhas Irmãs de Congregação, e ao nosso modo nos divertimos bastante além, é claro, de rezarmos por todos vocês, rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs.

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