Friday, February 10, 2012


Deito o olhar no vasto campo de minhas memórias
Vezes felizes, vezes nem tanto
Entretanto, vivas,
como se fossem agora…
Meus olhos buscam, no ainda verde das lembranças
A esperança tantas vezes perdida
Outras tantas vezes re- encontrada…
E sinto cair do ceu de minha boca
Torrente de palavras
Ruidosas ou silentes…
Juntando-as na palma das mãos
Componho versos com umas e outras
Rasbiscando no chão do meu instante
A melodia de uma canção há tempos esquecida.
E de repente
De um lugar distante
Cujo olhar ja não alcança
Uma garota corre ao meu encontro
E me abraça
Suave e demoradamente
Fazendo brotar
no meu rosto pasmo e tenso
 um sorriso calmo e doce,
Iluminado pela mágico encanto do momento.
E quando lhe pergunto de onde ela tem vindo
Toca de leve o meu peito
E me responde:
Daqui de dentro.

ABrito, 2012

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