Nada ficou, alem da noite escura
e das nuvens cinzentas.
A lua que desenhei
com o gelo que a ausência espalhou no árido chão
não brilhava como as tantas que vi nascer.
Recolhi os pedaços dos sonhos
e à última flor
contei os meus segredos,
antes de atirá-la ao vento.
Já não se ouvia a canção
das estrelas
nem o sorriso iluminado do sol apareceu.
Tudo se perdeu
no vazio da noite
que nunca teve fim.
As cinzas do poema
embaçaram meu olhar
e nada consegui ver
ou escrever...
Já nem caderno há,
nem nome pra riscar,
o tempo que passou soprou o chão
as palavras se desmancharam
e as lembranças também se perderam.
...Enfim percebi que eu podia voar!
by ABrito
(ao amigo que reaprendeu a recomeçar.)
No comments:
Post a Comment