Saturday, January 23, 2010

Nada ficou, alem da noite escura

e das nuvens cinzentas.

A lua que desenhei

com o gelo que a ausência espalhou no árido chão

não brilhava como as tantas que vi nascer.

Recolhi os pedaços dos sonhos

e à última flor

contei os meus segredos,

antes de atirá-la ao vento.

Já não se ouvia a canção

das estrelas

nem o sorriso iluminado do sol apareceu.

Tudo se perdeu

no vazio da noite

que nunca teve fim.

As cinzas do poema

embaçaram meu olhar

e nada consegui ver

ou escrever...

Já nem caderno há,

nem nome pra riscar,

o tempo que passou soprou o chão

as palavras se desmancharam

e as lembranças também se perderam.

...Enfim percebi que eu podia voar!

by ABrito

(ao amigo que reaprendeu a recomeçar.)

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