Wednesday, January 21, 2009


“Compartilhemos nossas similaridades, celebremos nossas diferenças.”

Li esta frase no papel de um bombom que me deram. Reli várias vezes e várias vezes refleti no significado dela. Tenho a impressão de tê-la ouvido várias outras vezes, dita por várias outras pessoas em tempos e situações diversas ou adversas, talvez. Não sei se teve o mesmo impacto de agora, se ecoou tanto no meu interior como agora.

É fácil compartilhar similaridades. É como se duas ou mais pessoas, ao se olharem na superfície de um espelho, enxergassem a mesma imagem.. É como se ao ouvir a fala de alguém identificássemos em cada palavra, em cada gesto, em cada entonação, a nossa própria fala. Não há muito a dizer quando se compartilha semelhanças. Não há o que se questionar. Não há o despertar para algo novo. Estamos repetindo uns para os outros o que já é por demais conhecido. Pode ser bom, ou não. Tedioso ou confortável. Alguém dirá: “Nossa, que legal somos iguaizinhos, almas gêmeas!”; outros dirão: “Tédio, tédio, tédio...melhor morrer a viver nessa mesmice torturante”. Ou quem sabe, alguém se arrisque a propor uma olhada “através do espelho” na tentativa de encontrar alguma diferença, por mínima que seja.

Não é fácil celebrar diferenças. Mas com certeza é possível e extraordinariamente enriquecedor. Notas diferentes, formam a canção. Cores diferentes, formam o arco-íris.A celebração das diferenças resulta da soma delas. Ao somarmos nossas diferenças acrescentamos sabor, cor, cheiro, toque, magia, na vida de cada um. Passamos a enxergar, nas diferenças, a singularidade (a verdade) de cada pessoa, os seus dons, seu jeito único de ser e de se expressar, seus sonhos, seus medos, sua força, suas preferências, enfim, passamos também a nos conhecer melhor, a melhor identificarmos a nossa singularidade. Ao nos percebermos diferentes, ao conseguirmos somar nossas diferenças, compreendemos enfim, que é possível haver “unidade na diversidade” e aí reconhecemos a beleza, a riqueza e a maravilhosa aventura de viver bem.

O problema é que desde cedo ouvimos dizer que “é melhor evitar o que nos divide (diferenças) e tratarmos do que temos em comum (semelhanças)”. Isso até que pode funcionar ao se tratar de crenças, de partidarismo, de idéias fanáticas, para se manter a “pseudestesia”, mas não funciona se quisermos, de fato, buscar a verdade que constrói e liberta.

Cada um possui a Verdade em si. Mas esta Verdade se torna “verdades” ao se somar a nossa subjetividade, nossas atividades psiquicas, nossos sentimentos, emoções, vontades, enfim, ao se misturar ao complexo físico, biológico, psicológico, espiritual que somos.

Ninguém é dono da verdade. Precisamos ter a humildade para admitir isso e a consciência clara de que mesmo não concordando e não aceitando as diferenças da outra pessoa, temos o dever de respeitá-la pelo que ela é. Julgar, discriminar, excluir são verbos que não condizem com o perfil de um ser humano dotado de razão, inteligência e sentimentos.

Ao somarmos nossas diferenças, nossas singularidades, poderemos então celebrar a Verdade que ilumina, liberta, enriquece e salva.
ABrito/ NY 2009

3 comments:

  1. Hola Almaisa querida, que Dios te bendiga, entiendo ingles y portugues tambien pero no lo escribo.Gracias por pasarte por mi blog.Yo siempre leo el tuyo.Espero estrechar lazos de amistad contigo.Bendiciones.Angelina de Maria

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  2. Almaisa te envio este humilde libro de testimonio de las maravillas de la Virgen Maria Nuestra Señora de la Sagrada Eucaristia. Esta haciendo en estos lugares, difundela y ruega a Ella por todo los pecadores. el libro lo escribi yo y es una primicia para ti. Bendiciones.

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  3. Que maravilha! Gostei muito da tua reflexão.
    Fique com Deus!

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